Por Verônica Moura
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"É preciso continuar remando tranquilamente." Foto: Internet |
Voltei. E desta vez,
volto mais vivida, mais calejada, mais apurada. Já são cinco anos dona deste espaço
virtual, e de lá pra cá, muitas coisas mudaram. Vi o MSN aparecer como uma das
maravilhas do mundo moderno, vi o ORKUT ser o vício na minha adolescência até
perder espaço para o imediatista TWITTER. Eis que surge o FACEBOOK, tão
completo, útil, destruidor de lares, arranjador de conflitos, palco de
exposições, citações, informações e muitas balelas.
Lá todo mundo é
feliz, todo mundo é um pouco daquele livrinho “Minutos de Sabedoria”, todo
mundo viaja, todo mundo se exibe sem limites, todo mundo aparece de costas para
o palco daquele show do final de semana, curte todas no carnaval em três blocos
diferentes de Salvador, acompanha o cortejo na folia carioca, mostra a mão no
soro em um quarto de hospital ou até mesmo quem sabe naquele momento feliz em
família.
NECESSIDADE. É essa
palavrinha que hoje norteia as crianças mal criadas, os jovens desmiolados, o
adulto hipócrita e individualista. É a bendita necessidade que faz aquele
jornalista querer aparecer mais que os outros, que faz com que aquela psicóloga
sem a menor condição emocional ocupe uma vaga na empresa, que faz com que o
menino dos serviços gerais limpe tudo de mau humor porque o chefe dele ainda
não mudou seu cargo, que faz com que o taxista invada a ciclovia e passe na sua
frente sem acionar a seta, que faz com que tantos precisem trabalhar mais do
que gostariam ou mereciam para poder honrar as contas dignamente.
Viver em 2013,
prestes a completar 34 primaveras com doses verdadeiramente exageradas de juízo
e bom coração não é nada fácil. Viver neste mundo tão devastador, onde você não
sabe quem fala a verdade, quem fala mentira, quem quer te convencer, quem quer
te enganar ou até mesmo quem quer o seu bem é uma tarefa DIARIAMENTE árdua. Ter
a certeza e convicção de que os valores que foram adquiridos são os que valem a
pena é preciso ter CORAGEM. Coragem em ser humilde, ajudar ao próximo, fazer
com os outros o que gostaria que fizessem com você... coragem para não se
corromper, não se vender.
Aonde isso tudo vai
parar? Não sei! Só sei que é preciso continuar remando tranquilamente mesmo que
o vento sopre do lado contrário.